“Tudo que nós queríamos era a adrenalina percorrendo nossos corpos, o prazer era parte do risco de sermos vistas”.
Em um dia de verão como poucos na capital baiana, o clima estava fresco e a cidade estava vazia por conta do feriado. Entediada, cansada de ficar em casa, resolvi passar o tempo em um dos meus endereços preferidos: um grande shopping da cidade.
Sozinha e em busca do meu passatempo favorito (adoro assistir filmes!), não esperava encontrar Renata, que havia dirigido 30 quilômetros para me fazer uma surpresa.
Na fila do cinema, meu celular, muito discreto, avisa que alguém está ligando e logo percebo a boa notícia.
-- Alô?
-- Alô, Renata?
-- Oi meu amor, tudo bom?
-- Tudo ótimo, e você?
-- Melhor agora. Onde você está? -- perguntou Renata.
-- Estou na fila do cinema, no shopping. E você?
-- Você já comprou o ingresso?
-- Não, ainda estou escolhendo o filme.
-- Estou no shopping também, vim te ver. Vamos tomar um vinho, conversar um pouco? Eu cortei o cabelo, quero que você me veja.
-- Onde exatamente você está? -- perguntei.
-- Estou entrando agora no estacionamento, fique onde está.
***
10 minutos depois nos encontramos. Renata estava usando uma calça social folgada e uma camisa branca de manga comprida, com botões e gola em V.
Como disse ao telefone, ela tinha cortado o cabelo, que agora era um pouco acima dos ombros e evidenciava o seu ar de dominadora.
Aquela imagem me deixava excitada, mas nunca em nossa amizade havíamos conversado sobre sexo e Renata nem mesmo sabia o quanto fazia meu tipo.
-- Por onde andou? -- disse controlando meu olhar, que percorria seu corpo e procurava seus seios sobre a camisa.
-- Trabalhando e nada mais, mas hoje senti vontade de te ver e conversar. Vamos à livraria ou a um restaurante? Quero estar em um lugar tranquilo.
-- Mais tranquilo? A cidade está vazia, parece que todos estão em qualquer parte, menos aqui.
-- É mesmo... Você está com fome? -- perguntou Renata.
- -Acho que não, acabei de jantar e você?
-- Também não. Preciso comprar uns livros, vamos à livraria!
-- Você sempre precisa comprar livros, Renata, não sei onde encontra tempo para lê-los.
-- Verdade...
***
Depois de algumas taças, a conversa se tornara mais íntima no Café da Livraria. Não consegui esconder o interesse despertado pelo novo visual de Renata, que também não disfarçava o olhar de desejo para o meu decote.
-- O que achou do novo visual? -- ela perguntou.
-- Adorei, você está muito sexy.
-- Se nós nos conhecêssemos agora, você me daria seu telefone?
-- Em um bar? Sim...
-- E se não fosse em um bar? Se fosse no shopping, no cinema, no estacionamento ou quem sabe no banheiro?
-- E se fosse na livraria do shopping? – questionei.
-- Você é quem responde...
-- Depende...
-- Depende de que? -- perguntou Renata.
-- Da pessoa, de como ela é, de como me sinto e de mais uma dúzia de coisas.
-- E se fosse eu?
-- Eu te levaria para o provador de uma loja de departamentos e checaria o termômetro -- afirmei sorrindo.
-- Hum... sei...
-- O que foi, Renata? Ficou chocada?
-- Não, fiquei interessada.
***
No provador, nossos corpos pareciam íntimos e sua língua penetrava minha boca em um beijo sensual e envolvente. Nossos movimentos eram ritmados e silenciosos.
A adrenalina que nos dominava dividia o espaço com o tesão que percorria nosso corpo. Protegidas apenas por uma cortina, seria o prazer mais perigoso.
-- Xiiiiii... -- disse Renata sussurrando -- não estamos sozinhas.
-- Ok -- respondi enquanto abaixava o zíper de sua calça, deslizando minha mão para dentro.
-- Louca... Gostosa...
Toquei Renata desejando que ela não gritasse. Rapidamente fui virada contra o seu corpo e, de frente para os espelhos, Renata me olhava enquanto me tocava...
Todos os ângulos a nossa frente... não era só o medo e a adrenalina, agora era o nosso reflexo que mostrava o erotismo e a sensualidade do momento, cada centímetro de nós...
Com receio de que eu gritasse, Renata colocou uma de suas mãos sobre meus lábios e continuou me tocando a espera de um orgasmo que não demorara a chegar... intenso, deixando minhas pernas mais que bambas. Renata me segurou para que eu não caísse e, no mesmo instante, a funcionária da loja apareceu.
-- Está tudo bem aí? -- pergunta sem abrir a cortina, desconfiada por causa do barulho que, com pouco sucesso, conseguimos disfarçar.
-- É que minha amiga não está se sentindo muito bem, acho que foi o vinho -- mentiu Renata.
-- Certo. Precisam de ajuda?
-- Não, nós já estamos saindo, mesmo assim obrigada.
Com um sorriso tímido, abracei Renata e ela retribuiu.
-- Para onde vamos? -- ela perguntou.
-- Pra minha casa.
UAUUUUU, MEU DEUS, FIQUEI SIMPLESMENTE EXTASIADA E LOUCA DE TESÃO SÓ DE IMAGINAR ISSO ACONTECENTO COMIGO, POIS TAMBÉM ME CHAMO RENATA, RSSSS.
ResponderExcluirObrigada Renata, ficamos felizes em te deixar excitada. (risos)
ResponderExcluirAguarde a continuação dessa história e fique a vontade, tem muita coisa legal no blog.
Nossa a historia acabou ........ uai (risos)
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